segunda-feira, 2 de junho de 2014

20 anos abrindo o São João de Patos; conheça a história de suas músicas


Com mais de 40 anos de carreira, dezenas de cds gravados e quase 300 composições, o músico patoense Pinto do Acordeon, completa esse ano,  20 anos que se apresenta na abertura do São João de Patos.

Nego Pinto, como é carinhosamente conhecido, será homenageado durante o São João de Patos este ano, e também durante os festejos juninos de João Pessoa, onde se apresenta no palco principal no dia 21 de junho com a cantora Elba Ramalho.

A reportagem do maispatos entrevistou essa semana o sanfoneiro e Pinto do Acordeon falou um pouco de sua carreira e das suas composições mais famosas.

O cantor disse que a música “Maristela”, foi composta em cima da história de uma moça, que na época, tinha um relacionamento com duas pessoas: “Era uma galeguinha, baixinha e quando vinha na rua parecia até Dona Flor e seus dois maridos e em cima desse caso fiz essa música. Um dia, em uma festa de confraternização na minha casa, ela estava com o marido e eu comecei a cantar essa música e os colegas começaram a zoar da cara dele. Ele chegou perto de mim e disse que só quem cantava essa música era eu, porque se outro cabra cantasse, ele rasgava a sanfona de faca”, relembrou.

Já a composição “Mão de Vaca”, outro grande sucesso de Pinto, foi baseada em um relacionamento de uma moça bem jovem, chamada Mariá, com um senhor de mais de 70 anos. Segundo Pinto, a jovem se lastimava bastante, e dizia a ele que o companheiro estava dando pouco dinheiro à ela: “Cheguei no bar do Pau Mole, em João Pessoa, e um amigo meu tinha passado a noite com uma moreninha chamada Mariá. Ela chegou perto de mim e disse: ‘Seu Pinto, olha o que ele está fazendo comigo! Passa a noite todinha e só me dá apenas R$ 5’. Aí o velho retrucou: ‘Ela não sabe que essa moeda, o real, é muito forte. Esse dinheiro todo dá pra comprar seis ovos, dois quilos de feijão, dois quilos de arroz, dois pacotes de macarrão’. Ela olhou pra ele toda faceira e respondeu: ‘Se eu soubesse que era para fazer uma feira, eu tinha era saído com o dono do Supermercado Primo, pois ganharia muito mais”.

Outro composição feita por  Nego Pinto e que faz sucesso até hoje é a música Neném. O cantor disse que a melodia foi feita após vários pedidos da patoense Neném Correia, que por diversas vezes pediu que o sanfoneiro fizesse uma música para ela. “Nénem” é sucesso mundial e já tocou e mais de 80 países, onde a novela Tieta foi e continua sendo exibida. Além disso, o musico até hoje tem recursos arrecadados com a canção e recebe direitos autorais sobre ela.
O sucesso “Só um golinho” foi feito durante um show do cantor Dominguinhos: “Eu estava assistindo o show dele e ele parou e botou água num copo e começou a beber. Olhou pra mim e disse que aquilo não era cachaça, era água mesmo”, contou.
“Engenho Velho” foi criada em uma situação vivida com o pai do sanfoneiro. Pinto relatou que estava sentado em um tanque, no engenho onde o pai trabalhava na cidade de Conceição. Ao observar o pai levando a cana de açúcar nas carroças de burro para a moenda, surgiu a inspiração.

A mulher de Pinto, Madalena, também é personagem de suas composições. “Cheirinho de Rapé” foi feira durante um show, onde uma moça no meio da multidão paquerava o músico: “Estava fazendo um show no São Pedro de Água Branca e vi que havia uma galeguinha mandando beijo pra mim no meio do povo. Madalena estava no palco do meu lado e eu pensei: ‘Se Madalena ver isso o pau vai cantar’, Foi aí que eu parei o show e disse: ‘Olhe, vou agora fazer uma homenagem pra minha mulher, que tanto me ajuda, uma mulher guerreira, inclusive, tenho um aviso para as mocinhas namoradeiras! Ela comprou uma doze pra matar rapariga’, gargalhou.
O músico explicou que a inspiração quando vem, já vem pronta e até em um hospital já havia feito composições.

Questionado sobre o momento vivido pelo forró e as mudanças que o ritmo sofreu ao longo dos anos, Pinto do Acordeon foi enfático e disse que apesar da ganancia de muitos, o forró é eterno: “Tem empresário que é ganancioso. Tem dinheiro e compra ônibus, teclado, luz, fumaça, arruma umas garotas que não tem vergonha e bota para dançar quase nua. E quem é que não quer ver? Todo mundo, especialmente essa juventude. Mas eu nunca vou sujar minha veia poética fazendo esse tipo de música e segui os conselhos de Luiz Gonzaga, que me disse uma vez que quando eu pegasse um lápis, fosse pra fazer música boa, pois se não fizesse sucesso naquele momento, lá na frente faria, O forró é para sempre e nunca vai morrer”, falou.
Em relação a homenagem que será feita ao sanfoneiro este ano em João Pessoa, Pinto acredita que o reconhecimento é justo e merecido: “É melhor homenagear o artista ainda em vida. Até que enfim tiveram esse reconhecimento”, enfatizou.
Pinto do Acordeon se apresenta no Terreiro do Forró no dia 19 de junho, onde fará  a abertura oficial do São João de Patos 2014.
 


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