
A vendedora Luciana Pereira acompanhando João de Deus no Hospital Regional de Patos

João de Deus era visto com frequência perambulando pelas ruas de Patos. Estava doente e teve de ser internado compulsoriamente.
Desde que foi internado compulsoriamente no Hospital Regional de Patos, na última quinta-feira, 30/08, o morador de rua que ficou conhecido por João de Deus, vem se recuperando bem e está mais sociável.
Ele se tornou conhecido em Patos por viver perambulando pela cidade e não permitir aproximação de ninguém. Tem problemas mentais, pouco fala, não tem documentos e ninguém sabe o nome dele nem a idade nem de onde é nem se sabe até agora de nenhum familiar dele na região.
João de Deus recentemente passou a morar debaixo de uma árvore nas proximidades do Restaurante Panela Velha, no Loteamento Geraldo Carvalho, onde recebia alimentação por parte dos cozinheiros do estabelecimento.
Ele é muito arredio e não permitia que ninguém se aproximasse muito, mas com a sequência dos dias os cozinheiros do Restaurante Panela Velha se tornaram amigos dele e um dia ele estava gemendo de dor e ao ser indagado do que se tratava ele mostrou o pênis, que se encontrava com um grande tumor e em estado muito avançado.
O fato foi largamente divulgado pela imprensa local e começaram a surgir cobranças no sentido de uma internação.

Na sexta-feira João de Deus foi submetido a uma cirurgia para a retirada do tumor. A intervenção foi um sucesso e ele vem se recuperando bem.
A vendedora Luciana Pereira Dias, que ficou responsável por ele enquanto tivesse internado, o tem visitado diariamente, o acompanhado, tem dado banho nele e disse que João de Deus tem se tornado mais sociável. “Não tem dado trabalho”, disse ela.
Luciana disse que vem fazendo grandes esforços para acompanhá-lo, pois trabalha, tem uma casa pra cuidar, mas disse que resolveu ajudar nessa causa porque ficou muito sensibilizada com o sofrimento do morador de rua. “Na manhã deste domingo, ao visitá-lo, ele estava bem, muito bem, mas começou a chorar quando eu me despedi e eu não resisti e chorei também”, disse ela.
Folha Patoense – folhapatoense@gmail.com
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