A
Polícia Federal desencadeou na madrugada desta sexta-feira, dia 04, a
Operação Dublê que prendeu vários empresários e políticos na cidade e na
região de Patos.
De acordo
com as primeiras informações da própria Delegacia de Polícia Federal em
Patos, a operação ainda está em andamento cumprindo mandados de prisão.
Informações
extraoficiais relataram a prisão de um contador na cidade de Patos e de
outras pessoas que até o momento não tiveram o nome revelado. Políticos
da região também foram presos.
Alguns
relatos chegaram também a nossa redação dando conta de que um prefeito
da região de Patos, juntamente com seu contador foram presos presos.
Internautas
ligaram para nossa redação afirmando que aqui em Patos, os Policiais
estão vasculhando vários escritórios de políticos. Escritórios das
cidades de Catingueira e Cacimba de Areia também estão sendo
investigados.
A Polícia Federal está marcando para as 10:30 h. uma entrevista coletiva para esclarecimentos da Operação Dublê.
MAIS INFORMAÇÕES
A Polícia
Federal deflagrou uma ação na manhã desta sexta-feira (4) em cidades da
Paraíba em busca de suspeitos de desvio de recursos públicos. A
operação foi batizada de 'Dublê' devido às investigações do suposto
esquema de falsificação de notas fiscais. De acordo com a assessoria de
imprenda da PF na Paraíba, os alvos seriam empresários e políticos de
cidades do Sertão paraibano. Há equipes da Polícia Federal fazendo
buscas em João Pessoa e em cidades próximas ao município de Patos.
O objetivo
da operação é cumprir 41 mandados judiciais, sendo 27 de busca e
apreensão, oito de prisão temporária e seis de condução coercitiva, além
do afastamento de prefeitos e secretários municipais. Os suspeitos
podem ser indiciados por crimes de fraude a licitação, falsidade
ideológica e formação de quadrilha.
Entre os
presos está José Edivan Félix (PR), prefeito do município de
Catingueira. A reportagem entrou em contato com a esposa do político,
Francinalva Félix, que confirmou que o marido foi encaminhado à
delegacia da PF de Patos para prestar depoimento, mas disse que não
poderia fazer mais comentários sobre o caso. A sede da prefeitura também
foi interditada pelos policiais federais para buscas de documentos.
Em um
escritório localizado na capital foram apreendidos vários documentos. Já
no Sertão a Polícia Federal conta com o apoio de uma equipe do posto da
Polícia Rodoviária Federal de São Mamede. A assessoria de imprensa da
PF dará mais detalhes sobre a operação ainda nesta manhã.
Como funcionavam os desvios
Em nota
enviada à imprensa, a Polícia Federal divulgou que a quadrilha teria
desviado mais R$ 5 milhões de cofres municipais, sendo aproximadamente
R$ 1,5 milhão de verbas da saúde, R$ 1 milhão de educação e ação social e
R$ 2 milhões de verbas de desenvolvimento rural e infraestrutura
urbana.
Durante a
investigação, a PF e o Tribunal de Contas da Paraíba apuraram que
prefeitos e secretários municipais estariam fazendo uso particular de
verbas públicas. O TCE promoveu uma fiscalização depois de constatar
saldo descoberto na tesouraria de duas prefeituras em valor superior a
R$ 1 milhão.
O desvio teria ocorrido com o recebimento das verbas do Programa
de Erradicação do Trabalho Infantil e do Projovem, além de outros
vinculados ao Fundo Nacional de Assistência Social (Fundef), Sistema
Único de Saúde (SUS), Fundo de Participação dos Municípios (FPM), entre
outros. Os valores seriam sacados em favor da tesouraria da prefeitura
e, posteriormente, para comprovar as despesas aos órgãos de
fiscalização, os envolvidos criavam processos licitação fictícios com
notas fiscais clonadas.
Jozivan Antero – patosonline.com
Texto recente e foto do G1/PB
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