quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Metade dos guardadores de carro de João Pessoa vem de fora, diz estudo


Pesquisa foi realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Humano.
Foram entrevistados 80 pessoas na orla de João Pessoa.

Do G1 PB
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Metade dos guardadores de carro de João Pessoa vem de fora, diz estudo (Foto: Rizemberg Felipe/G1 PB)Pesquisa foi feita com 80 guardadores de carros que
atuam na orla de João Pessoa
(Foto: Rizemberg Felipe/G1)
Metade dos lavadores e guardadores de carro que atuam na orla de João Pessoa vem de cidades e estados vizinhos. A informação foi revelada nesta quarta-feira (1), como resultado de uma pesquisa realizada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano (Sedh) para a Empresa Paraibana de Turismo (PBTur).
O estudo, parte de um programa que tem como objetivo qualificar esses trabalhadores informais, foi realizado de 7 a 12 de janeiro deste ano, através da aplicação de 80 questionários com 14 tópicos direcionados para a construção de um perfil desse segmento.
Além da naturalidade dos guardadores e lavadores, mostrada como 51% deles naturais de João Pessoa e 49% vindos de cidades e estados vizinhos, a pesquisa também revelou o baixo nível de formação educacional desse segmento. Entre os entrevistados, porém, foi encontrado um trabalhador com nível superior, formado no curso de Contabilidade pela Universidade Federal da Paraíba, uma exceção motivada, segundo o relatório, por problemas familiares e envolvimento com drogas.
“O que mais nos chamou a atenção foi o baixo grau de escolaridade das pessoas entrevistadas, pois 19% afirmaram não ser alfabetizadas e 45% possuem o Ensino Fundamental incompleto”, destacou a assistente social Thais Macêdo, da Sedh.
Esse grupo de trabalhadores informais, majoritariamente formado por homens (96%), consegue ganhar até quase um salário mínimo por mês, entre pagamentos por lavagens e gorjetas. A renda familiar de 40% deles varia entre R$300 e R$599, segundo declarado na pesquisa, sendo 84% dos entrevistados responsáveis pelo sustento individual e da casa. Os 16% restantes não são responsáveis pelo sustento de toda a família, porém contribuem significativamente para as despesas da casa.
Outro dado interessante é que 64% dos entrevistados nunca teve emprego formal, com carteira assinada. “Os dados sobre carteira assinada deixam claro o quanto a baixa escolaridade e a falta qualificação profissional interferem neste aspecto. Aliadas, estas duas características contribuem para a dificuldade de inserção no mercado formal de trabalho e para a melhoria das condições de vida dos trabalhadores pesquisados”, frisou a assistente social.
Projeto Flanetur
A pesquisa apresentada nesta quarta-feira (1) consolida a primeira etapa do Projeto Flanetur, uma parceria entre a PBtur, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano (Sedh), a Polícia Militar e a Prefeitura de João Pessoa, cujo intuito é qualificar os lavadores e guardadores de carro da orla da Capital. Como etapa seguinte, a Sedh promete pensar ações voltadas para atender a demanda.

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