A polêmica das 17 vagas na Câmara Municipal de Vereadores de Patos continua suscitando debates e discussões sobre quem é favorável e contra a votação da proposta. Ao final de mais uma sessão daquela casa, os vereadores Sales Júnior e Ivanes Lacerda foram mais uma vez entrevistados sobre o assunto, e suas opiniões se mostrarem divergentes. Ivanes Lacerda se mostra favorável à votação e diz que alguns juristas afirmam que é possível que a votação aconteça.
“Tenho coragem de assumir o que penso e o que digo. Eu entendo que a cidade de Patos perdeu a oportunidade de assegurar as 17 vagas no ano passado. Havia em clamor em todos os meios de comunicação para que a cidade tivesse os 17 representantes, pois cidades como Cajazeiras, Pombal, Sousa, ficaram com uma representação numérica superior à cidade de Patos. No momento atual há uma possibilidade jurídica, pois alguns juristas renomados no direito eleitoral da Paraíba dizem que se a Câmara aprovar, pode existir uma possibilidade e não uma certeza. Então eu pergunto, por que a cidade de Patos queria esse aumento no ano passado e não quer mais hoje?. E eu digo que ela quer, mas talvez alguns segmentos não queiram. Eu particularmente defendo as 17 vagas, pois não interessa quem vai entrar, e sim que vai haver uma maior representatividade, e se negarmos esse direito, outras câmaras podem conseguir e nós sermos culpados mais adiante. Então, se nós aprovarmos esse aumento de vagas deixaremos a batata quente para o TSE, pois quem vai definir de fato é este”, afirma Ivanes.
Ouça o depoimento de Ivanes Lacerda
Já o vereador Sales Júnior se diz favorável às 17 vagas, mas afirma que não é possível que aconteça, sobretudo por questões jurídicas.
“Eu já votei a favor das 17 vagas quando essa proposta foi derrotada, e sou a favor das 17, mas a lei e a constituição maior do município não permite que esse projeto tramite, nem tão pouco seja votado nesta casa. O procurador da casa me orientou para que essa matéria não chegasse a votação pois é inconstitucional, ou seja, o momento dela tramitar não é esse. A Lei Orgânica do município é bem clara quando diz que nenhuma emenda pode ser votada entre a eleição e a posse do prefeito. Portanto, minha posição em relação a tudo isso é que, sou a favor das 17 vagas, mas só irei votar no momento certo, quando a Lei Orgânica e a constituição autorizar o voto. Uma das maiores aberrações que esta casa pode fazer é votar uma matéria como essa. Eu só queria que fossem citados os nomes dos advogados que afirmam existir uma luz no fim do túnel para que essa votação seja possível”, relata Sales.
Ouça o depoimento de Sales Júnior
Patosonline.com
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