Patos foi sede no dia de ontem, terça-feira 24, do encontro de alinhamento de ações planejadas para 2017 de combate ao mosquito Aedes aegypti. Participaram do evento, promovido pela Secretaria de Estado da Saúde, coordenadores de vigilância ambiental e de endemias, além das gerentes das regionais 6ª, 7ª e 11ª, respectivamente Patos – Liliane Sena; Piancó – Girleide Pereira de Oliveira e Princesa Isabel – Joelma Muniz, totalizando 48 municípios.
Os trabalhos foram conduzidos por Luiz Almeida, técnico de Vigilância de Saúde Ambiental da Paraíba. Ele explicou que este foi o terceiro encontro de alinhamento com as macros, restando apenas realizar com a de Sousa. Diz que o Ministério da Saúde alterou a forma de avaliar algumas metodologias no controle vetorial do mosquito Aedes, a partir do ano passado. Outro fator foi a mudança de muitos gestores, e áreas técnicas substituídas pós eleição, daí a necessidade tirar dúvidas e esclarecer como conduzir o processo de trabalho.
“Também vivemos o período de forte calor e chuvas esporádicas em que o mosquito encontra condições para se reproduzir. Momento importante para despertarmos os antigos e atuais gestores a intensificarem as ações, envolver todas as áreas administrativas para juntas busquem alternativas para o controle do mosquito”, comentou Almeida, alertando que boa parcela da população paraibana é suscetível às doenças (Dengue, Chikungunya e Zika) causadas pelo Aedes.
Almeida ainda destacou a necessidade das ações de controle vetorial do Aedes acontecerem de forma continuada e disciplinada. Sobre isso afirma que durante essas mudanças de gestão municipal as atividades ficaram fragilizadas, em alguns momentos paralisadas, sendo preciso cuidados para que isso não volte a ocorrer.
Foram apresentadas algumas estatísticas sobre as doenças ocasionadas pelo mosquito Aedes, em 2016. É o caso da dengue, que teve 44.374 notificações, um aumento de 48% em relação a 2015, com cinco obtidos. A chikungunya, que em 2015 apresentou apenas um caso, ano passado foram 20.928 suspeitas notificadas com 26 óbitos. Já em relação à Zika vírus, em 2015 não houve na Paraíba registros, porém em 2016 foram 4.899 casos suspeitos.
Francisco Queiroga, do apoio de Vigilância Ambiental da 7ª GRS, disse que esse evento de alinhamento é importante para que os municípios possam trabalhar suas ações de maneira uniforme. Alertou que houve prejuízos, deficiências nesses trabalho com a troca de equipes de epidemiologia, ambiental, secretários pelos novos gestores.
A gerente da 6ª Regional de Saúde, Liliane Sena, também deu ênfase à necessidade da 3ª macro desenvolver um mesmo trabalho, e que os supervisores, coordenadores de vigilância, todos possam desenvolver as ações em conjunto. Explicou que a Gerência possui os apoiadores da Vigilância Ambiental, que fazem esse trabalho junto com os supervisores de campo, com agentes de endemias nos municípios. São dados recolhidos à Gerência por esses profissionais, depois encaminhados à Secretaria Estadual, que os faz chegar ao Ministério da Saúde. “Apoiamos os municípios com orientações, coleta de dados, informações e solicitações de algumas ações a mais que o município precisa e estamos prontos para atendê-los”, comenta Liliana Sena.
Joelma Muniz, gerente da 11ª GRS, elogiou o alinhamento das ações dos governos federal, estadual e municipal, mas enfatizou que a melhor arma para combater, fazer o controle vetorial do mosquito Aedes, é a conscientização da população. “É preciso que a população seja conscientizada, siga os cuidados necessários para evitar focos do mosquito”, comentou Joelma.
Ao final do alinhamento os municípios receberam kits de trabalho para os agentes de endemias, protetor solar e repelente, além de material educativo.
Marcos Eugênio/Assessoria
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