Um cabo da polícia militar da Paraíba não conseguiu reverter sua exclusão da corporação, determinada pelo comando geral, ao tentar último recurso direcionado ao governador do Estado, Ricardo Coutinho, que manteve a punição.
Conforme o teor da medida, o militar Carlos Alberto Martins Farias cometeu três transgressões disciplinares no dia 06 de maio de 2013, por volta das 15h30min, no Conjunto Padre Ibiapina, em João Pessoa, quando, utilizando arma de fogo e sem possibilitar qualquer chance de defesa, teria tentado contra a vida de dois populares que trafegavam pelo local do ocorrido.
De acordo com as investigações, as vítimas estavam passando pela rua em uma moto, quando o acusado, que estava dirigindo um carro em alta velocidade e com fortes sintomas de embriaguez alcoólica, sem motivo aparente, freou em cima da motocicleta das vítimas, sacou um revólver e passou a efetuar disparos de arma de fogo na direção delas.
Nara ainda a denúncia que as vítimas abandonaram imediatamente a moto no local e saíram correndo, conseguindo sobreviver ao atentado sem nenhum ferimento.
Mais à frente, os dois encontraram uma viatura da PM, passando a comunicar o fato aos policiais da guarnição.
Ao chegar ao local do possível crime, a guarnição deparou-se com o acusado apresentando fortes sintomas de embriaguez alcoólica e ao ser abordado pelos colegas, Carlos Alberto se negou a mostrar a sua identificação funcional, motivando a guarnição a solicitar a presença de um oficial de serviço, tendo este comparecido ao local, e, ao tentar conversar com o acusado, ele teria proferido frase de teor desrespeitoso ao oficial, na frente dos demais componentes da guarnição, nos seguintes termos: “Você é um recruta! Eu tenho 22 anos de polícia! Você tem que aprender comigo! …”.
O oficial ainda tentou convencer o cabo a acompanhá-lo até a delegacia para esclarecer os fatos, no entanto, ele se recusou dizendo que “Eu não vou entrar em viatura nenhuma”.
Diante de tal recusa, os militares o contiveram e o colocaram na viatura. A partir de então, o militar acusado passou a proferir palavras desrespeitosas contra os militares de serviço, inclusive contra o oficial presente ao local.
Perante a Justiça Militar, ele foi condenado a 03(três) anos de reclusão e continua respondendo por tentativa de homicídio na Justiça Comum da Capital.
Além desse caso, o cabo Carlos Alberto responde à acusação de tortura contra dois adolescentes suspeitos de roubo, no o dia 22 de abril de 2012, também em João Pessoa.
Para o governador, o policial militar deve ser modelo de disciplina, ordem e acatamento das leis em sociedade, acrescentando que sua exclusão dos quadros da corporação decorreu de evidente violação dos valores e deveres militares e dos bons costumes por atos incompatíveis com a função militar.
Blog do Naldo Silva
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