terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Audiência Pública: Educadores e alunos dizem que Monsenhor Manoel Vieira não tem estrutura para funcionar como Escola Cidadã



Na noite desta segunda-feira, 05 de dezembro, a Câmara Municipal de Patos recebeu educadores, alunos, ex-alunos, pais de alunos e servidores da Escola Estadual Monsenhor Manoel Vieira (CEPA) e promoveu um amplo debate sobre a implantação do Projeto Escola Cidadã de Tempo Integral, em Audiência Pública solicitada pela vereadora Cláudia Leitão (PR).

Além dos representantes do CEPA, também compareceram educadores de outras unidades escolares e de entidades interessadas no debate, a exemplo da diretora regional do SINTEP  professora Verialucia Lacerda, o presidente da UAC José Ilton, o representante do Orçamento Participativo Silvoneto Oliveira e a vereadora eleita Edjane Araújo.

A Audiência contou com as presenças da presidente da Mesa Diretora da Casa Juvenal Lúcio de Souza, Nadir Rodrigues Guedes (PMDB), o vice-presidente Ivanes Lacerda (PMDB), a autora da propositura, o vereador Diogo Medeiros (PSB) e a vereadora Lucinha Peixoto PCdoB), que, juntamente com os demais presentes, participaram do debate e irão contribuir para a formação de uma comissão e elaboração de um relatório para que seja encaminhado ao Governo do Estado, para que este reveja esta decisão para este momento e, priorize a realização de reformas na estrutura física, na rede elétrica e em outros aspectos da escola, antes de se implantar o modelo de escola integral.

Ao todo, 16 oradores se pronunciaram e repassaram as inúmeras razões pelas quais acreditam que o CEPA não esteja preparado para acolher um projeto de escola integral, bem como, segundo os professores Edileudo Lucena e Francinaldo Bezerra, para reduzir drasticamente o número de vagas ofertadas.

Além dos educadores, também falaram e deram a sua opinião contrária a implantação do Projeto Escola Cidadã com o CEPA nas atuais condições, os alunos Daniel Monteiro, Helen Nunes, Tiago da Silva, Mariana Oliveira, Alice Brilhante e o ex-aluno e jornalista Isaias Nóbrega.

O professor Francinaldo Bezerra, em seu pronunciamento e também em entrevista a imprensa, disse que “este projeto será financiado pela iniciativa privada, com a participação de três grandes empresas, o que até causa insegurança na sua continuidade”. Francinaldo ainda avaliou como positivo o debate e disse que a Casa Juvenal Lúcio de Sousa foi muito feliz em abraçar esta causa e abrir espaço para que esse tema que diz respeito um número significativo de famílias fosse debatido em plenário.

Edileudo Lucena também avaliou de forma positiva a realização da audiência e mostrou-se confiante em um resultado favorável aos alunos e educadores que ora estão preocupados com iminência da implantação deste projeto, algo que, segundo ele, “ocasionaria dois grandes problemas para a comunidade e para os profissionais: a redução drástica do número de vagas para os alunos; e um grande remanejamento de professores, uma vez que a escola passaria a funcionar em apenas um turno”.

“A Escola Mosenhor Manoel Vieira conta, hoje, com cerca de 1600 alunos matriculados. Isso nos três turnos. Com a implantação da Escola Cidadã de Tempo Integral, este número teria que ser reduzido para, no máximo, 700 alunos, pois a escola passaria a atuar apenas em um turno, que é o integral. Fora isto, boa parte daqueles educadores que cumprem sua carga horária em um dos turnos, teria que ser remanejado para outras escolas, pois são concursados e tem seus direitos”, explicou.

O vereador Diogo Medeiros, como representante do Governo do Estado na Câmara, em conversa com a imprensa, comprometeu-se contribuir com a comissão, bem como em fazer chegar a Assembleia e ao próprio governador, o relatório do debate e todas as argumentações de educadores e alunos.

A vereadora autora da propositura, Cláudia Leitão, já em seu pronunciamento falou da importância de se promover esta audiência e reforçou a ideia de que há necessidade de se reformar aquela escola para que ela possa abraçar um projeto como este.

“Toda mudança, toda proposta, assim como tudo na vida, sempre apresenta vantagens e desvantagens. E, nós acreditamos que, a principio, aqui em Patos, as desvantagens frente à implantação da Escola Cidadã de Tempo Integral superam as vantagens, começando pela própria estrutura física da escola. Fui aluna do CEPA e, desde então, as instalações não sofreram muitas mudanças e, para que este projeto possa ser realizado, ele requer uma excelente estrutura, onde se possa acomodar os alunos”, ponderou a parlamentar.

Cláudia ainda relatou que manteve contato com educadores de escolas da Paraíba onde o Projeto foi implantando e disse que o retorno destes professores só reforçou as informações e as desvantagens que alunos e educadores do CEPA vem utilizando como argumento para adiar o processo.

Outro ponto ressaltado pelos participantes, foi a ausência do gerente Regional de Educação, Carlos Gabi, que encaminhou ofício e justificando a sua ausência por problemas de saúde.

Mais imagens e mais informações acessem: www.camarapatos.pb.gov.br ou facebook.com/camarapatospb

Ascom | Câmara Municipal de Patos

Nenhum comentário:

Postar um comentário

RUA HERNESTO VIEIRA 07 CENTRO MAE DAGUA PARAIBA ANTONIONSOUZA@HOTMAIL.COM FONES/083/81027295/81090874 filmagem digital locação data show,FOTOS PARA TODOS TIPOS DE EVENTOS