quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Sócio da Boate Kiss tenta o suicídio



A polícia de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, afirmou que um dos sócios da boate Kiss, que pegou fogo e deixou 235 mortos, em Santa Maria, tentou se matar na tarde desta terça-feira. Segundo a delegada Lylian Carús, Elissandro Spohr  tentou se enforcar com a mangueira do chuveiro.
Cerca de 35 mil pessoas fizeram uma passeata pelas ruas do Centro da cidade | Foto: Ernesto Carriço / Agência O DiaO policial que fica de plantão no quarto hospitalar do empresário, que teve prisão temporária decretada por cinco dias, percebeu a intenção e o impediu.
Aparentemente, segundo o médico responsável, o dano pulmonar no sócio da boate é leve, mas inspira cuidados. Mantido sob efeito de fortes sedativos, Sphor não tem previsão de alta.
Mais uma vítima confirmada
Na noite desta terça-feira, foi confirmada a morte de mais uma vítima. Gustavo Marques Gonçalves, de 21 anos, é mais um jovem morto após o incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. A Secretaria de Saúde do estado confirmou a morte encefálica do rapaz. Com isto, o número de mortos na tragédia no Sul do país chegou a 235 pessoas. A Secretaria de Saúde informou ainda que 118 vítimas seguem internadas, 64 em Santa Maria e 53 em Porto Alegre e na Região Metropolitana.
Cerca de 35 mil pessoas fizeram uma passeata pelas ruas do Centro da cidade | Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia
O custo de uma tragédia
Depoimentos colhidos pela Polícia Civil mostram que a morte das pessoas na boate Kiss poderia ter sido evitada com R$ 67,50. O valor corresponde à diferença entre o preço do sinalizador de uso externo utilizado pelo vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo dos Santos, que custa R$ 2,50, e o modelo de uso interno, cujo preço é R$ 70.
Em depoimento à Polícia Civil, o vendedor da loja onde Santos comprou o sinalizador usado no show de sábado disse que chegou a oferecer ao cantor o modelo mais caro. Santos, que negou em depoimento ter comprado o artefato, teria recusado a oferta.

A polícia trabalha com a hipótese de que o sinalizador tenha provocado a incêndio que matou 234 pessoas e deixou outras 75 internadas em estado grave. O modelo de uso interno poderia ter evitado a tragédia.
Segundo a estudante de Tecnologia de Alimentos Bárbara Kuschinski, de 20 anos, que estava na boate Kiss, os participantes da festa demoraram a perceber o incêndio. “O show estava no começo. Quando ele ascendeu o sinalizador logo apareceu uma mancha vermelha no teto, em cima do palco, mas ninguém deu bola. Pensei que era um efeito”, disse ela.

“A mancha foi aumentando e quando vi já estava no meio da pista. Foi então que percebi algumas pessoas tentando usar os extintores que não funcionavam. Achei que fosse algum tido de brincadeira até que começou a fumaça”, completou Bárbara, que conseguiu escapar apenas com um arranhão e um hematoma no braço direito.

Extintores falsificados

O delegado Marcelo Arigony, que comanda a investigação, levantou a hipótese de que os extintores usados na Kiss eram falsificados. Segundo ele, um dos depoentes disse que os donos pagaram um preço muito barato para aquele tipo de equipamento. “Há a possibilidade de os extintores serem falsificados”, afirmou o delegado.

Além disso, segundo Arigony, a polícia investiga a hipótese de que o material que deveria ser usado para isolamento acústico fosse, na verdade, uma espuma anti-eco altamente inflamável. “Tudo isso vai ser objeto de perícia”, disse o delegado.

Arigony praticamente descartou a possibilidade de os donos da boate terem apagado as imagens das câmeras internas de segurança. De acordo com ele, o computador que deveria gravar as imagens foi encontrado em uma loja de assistência técnica, onde estava há mais de uma semana.

Segundo o delegado, a polícia não encontrou os registros de caixa da boate, que poderiam comprovar a superlotação do local. “Vamos ter que produzir esta prova de outra maneira”, afirmou. A Kiss tem capacidade para 691 pessoas. Segundo relatos, mais de mil estavam no local no momento do incêndio, o que teria dificultado a saída.
Fonte: O Dia

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