Têm sido comuns cenas de pessoas da cidade de Patos desperdiçando água potável. Os casos se repetem em diversas localidades da cidade e a falta de consciência prevalece diante da crise hídrica.
A redação do Patosonline vai relatar dois casos verídicos de desperdício de água sem que identifique as pessoas ou exponha suas imagens. Usaremos nomes fictícios em fatos reais. Os dois casos foram flagrados pelo repórter que relata os fatos e levados ao setor responsável da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba – CAGEPA/Regional das Espinharas:
1º - “Dona Maria” rega seu jardim pelo menos quatro vezes ao dia. Os vizinhos assistem a cena e não podem fazer muito diante do caso, pois a vizinha é desbocada e repete: “Eu pago a água e faço o que quiser. Se importem com suas vidas!”. A residência fica localizada na Rua Pedro II, Bairro Santo Antônio, próximo da Igreja Ação Evangélica. Em contato com a CAGEPA se descobriu que “Dona Maria” tem irregularidade no hidrômetro, pois esse está dentro da residência e dificulta a leitura, pois no período de checagem do gasto a vizinha some. Ao perceber que estava sendo fotografada pelo repórter, “Dona Maria” ficou com medo e autorizou naquele mesmo dia que uma das equipes da CAGEPA fizesse mudanças na localização do hidrômetro, e ainda disse: “Vou mandar perfurar um poço e quero ver o que vão dizer”.
2º - “Luizinho” todo domingo lava seu carro. Ele não utiliza balde, pois diz que dá mais trabalho e prefere a mangueira jorrando água em abundância. “Luizinho” reside na Rua Manoel Isaias, Bairro Novo Horizonte, próximo ao Arizona Hall. Ao contrário de “Dona Maria”, “Luizinho” tem seu hidrômetro instalado regularmente, mas em ambos os casos, os dois não tem consciência ecológica alguma diante da água que em breve vai ser motivo de guerra entre nações e de abandono de regiões, pois à medida que cresce o uso da água se diminuir sua oferta de forma natural.
Em contato com o funcionário da CAGEPA, Cícero Brito Duarte, esse relatou que uma equipe tem trabalhado constantemente para conscientizar as pessoas que são denunciadas, mas que, infelizmente, não existe lei que possa punir os que desperdiçam água. A solução tem sido o diálogo e caso se detecte alguma irregularidade é que outras medidas são tomadas.
“Nós que fazemos parte da Sub Gerência Comercial, buscamos com todas as nossas forças, fiscalizar os usuários dos nossos serviços, não com intuito de aumentar a arrecadação, até porque, o valor que a CAGEPA recebe com as multas aplicadas é ínfimo, nosso objetivo primordial é acabar com toda forma de desperdício, pois quem paga pela água que consome sempre utiliza esse recurso com a máxima cautela, pois infelizmente o povo brasileiro só se conscientiza de alguma coisa quando existe dinheiro envolvido no assunto, não queremos ser
carrascos de ninguém o que queremos é que se faça justiça e que possamos garantir o abastecimento para nossa geração e para as gerações vindouras”, disse Cícero.
carrascos de ninguém o que queremos é que se faça justiça e que possamos garantir o abastecimento para nossa geração e para as gerações vindouras”, disse Cícero.
No Brasil, ao contrário de alguns países desenvolvidos, a água não é reaproveitada e quase toda ela é jogada fora quando utilizada. Aqui, a água potável é utilizada para tudo que se faz e não existe nenhuma política voltada para o líquido mais importante do mundo.
A água está presente em tudo que fazemos no dia a dia. Não se faz necessário trazer exemplos do seu uso, pois são quase que infinitos. Observe apenas durante um dia o que você faz com a água assim que acorda e começa as atividades normais. A água é utilizada desde a descarga no vaso sanitário e segue sua vida até o fim da vida.
Jozivan Antero – Patosonline.com
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