Uma comunidade na cidade
do Crato, a 567 km de Fortaleza, retira água do Cemitério da Ponta da
Serra para tomar banho e lavar louças.
Todos os dias, filas de
pessoas com baldes se formam do lado de fora do terreno para conseguir a
água. "A falta d'água está muito grande. Aí o povo vem buscar água
dentro do cemitério", diz a aposentada Maria Ferreira.
Segundo moradores da
área próxima ao cemitério, todos pagam as contas de fornecimento de
água. Mas a água não chega às casas e o cemitério se tornou a única
fonte para a população.
"A gente não paga para
pegar água em balde e sim nas torneiras. Lá em casa tem nove dias que
não pinga água na torneira", disse a dona de casa Vaneres Pereira.
Alguns moradores, como a
cabeleireira Elizete Lopes, se recusam a pegar água no local. "Tem a
contaminação, a água passa pelos canos, mas devido o local eu acho que
não é certo", afirma.
Já a dona de casa Eliane
Rodrigues disse pegar pelo menos 37 baldes de água no cemitério por dia
para encher a caixa de água. "Na minha casa são oito pessoas para
banhar, cozinhar", explica.
Uma vez por semana, um
carro pipa da Companhia de Água Municipal (Saec) vai à comunidade, mas,
segundo a população, o abastecimento não é suficiente.
A equipe de reportagem
da TV Verdes Mares tentou realizar contato com a companhia responsável
pela distribuição de água na cidade, a Saec, mas o responsável não foi
encontrado.
Fonte: G1 | Matureia Hoje
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