A
Polícia Federal na Paraíra fez buscas durante toda a tarde desta
sexta-feira (4) pelo prefeito de Cacimba de Areia, Inácio Roberto de
Lira Campos (PMDB), para o cumprimento de um mandado de prisão. O gestor
é suspeito de envolvimento com um esquema de desvio de verbas públicas.
O
mandado de prisão contra Inácio Campos foi o único que ficou em aberto
após a deflagração da Operação Dublê, que resultou na prisão de um
prefeito e três secretários municipais de duas cidades do Sertão
paraibano.
A reportagem do G1 acompanhou as buscas da PF em um apartamento no bairro de Intermares, na cidade de Cabedelo. Os policiais, no entanto, preferiram não dar detalhes sobre a investigação. Até as 19h desta sexta, o prefeito não havia sido preso.
A reportagem do G1 acompanhou as buscas da PF em um apartamento no bairro de Intermares, na cidade de Cabedelo. Os policiais, no entanto, preferiram não dar detalhes sobre a investigação. Até as 19h desta sexta, o prefeito não havia sido preso.
PF esteve no apartamento de Inácio
Inácio Campos continua foragido
Inácio Campos continua foragido
Segundo o
superintendente da Polícia Federal, Marcello Diniz Cordeiro, a PF vai
pedir prisão preventiva do gestor, uma vez que ele teria conhecimento da
operação. O presidente estadual do PMDB, Antônio de Sousa, disse vai
esperar a sentença judicial para se manifestar oficialmente a respeito
do envolvimento do prefeito de Cacimba de Areia em ações de desvio de
dinheiro. Mesmo assim, segundo ele o partido tem que prestar
solidariedade ao filiado inclusive colocando o setor jurídico do partido
à disposição dele. Ele também acredita que Inácio Roberto deve se
apresentar em breve.
O
prefeito que está na delegacia da Polícia Federal em Patos é José Edivan
Félix (PR), do município de Catingueira. A esposa dele, Francinalva
Félix, confirmou que o marido estava prestando depoimento, mas disse que
não poderia fazer mais comentários sobre o caso. Com ele foi apreendida
uma espingarda calibre 12 de uso restrito. Sete carros de luxo foram
recolhidos com os demais suspeitos de envolvimento.
De
acordo com Marcello Cordeiro, os investigados teriam desviado cerca de
R$ 5 milhões dos cofres públicos, sendo aproximadamente R$ 1,5 milhão de
verbas da saúde, R$ 1 milhão de educação e ação social e R$ 2 milhões
de verbas de desenvolvimento rural e infraestrutura urbana.
O
dinheiro seria proveniente de programas do governo federal, como
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e do Projovem, além de
outros vinculados ao Fundo Nacional de Assistência Social (Fundef),
Sistema Único de Saúde (SUS) e Fundo de Participação dos Municípios
(FPM).
Para
fazer uso particular dos recursos, os políticos e funcionários públicos
teriam sacado valores em favor das tesourarias das prefeituras e criado
licitações fictícias com notas fiscais clonadas. A falsificação serviria
para prestar contas aos orgãos fiscalizadores, como o Tribunal de
Contas da Paraíba.
Além das
prisões foram feitas buscas em um escritório no Centro da capital e nas
sedes das prefeituras de Catingueira e Cacimba de Areia, que chegaram a
ser interditadas pelos agentes de investigação.
Conforme
a PF, os envolvidos no esquema prestaram depoimento e serão indiciados
pelos crimes de responsabilidade de prefeitos, fraude a licitação,
falsidade ideológica e formação de quadrilha.
Fonte: Horaexata.com
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