sábado, 26 de abril de 2014

Patoenses brilham no tênis de mesa

Patoenses brilham no tênis de mesa

Weberson Leitão (Fotografo e Atleta)
Weberson Leitão (Fotografo e Atleta)
Em uma cidade em que o futebol predomina, uma modalidade praticada há mais de 15 anos tem conquistado adeptos, espaço e grandes premiações, mesmo com uma série de dificuldades.

Em Patos, no Sertão da Paraíba, o esporte inventado no Reino Unido e popularmente chamado de “pingue-pongue”, tem uma história que envolve perseverança, sonhos e lições de vida.
 
Os indícios revelam que a prática na cidade Morada do Sol começou anterior aos anos 90, nos Jogos Universitários, Olimpíadas Escolares e clubes de profissionais, a exemplo do Clube dos Médicos de Patos, como afirma o fotógrafo Weberson Leitão, um dos representantes do esporte na cidade. 

“As histórias que nós ouvimos dos mais experientes é que antigamente a modalidade era praticada de várias formas. A mais famosa é que existia o Clube dos Médicos de Patos e eu lembro que lá tinha o enfermeiro Durval e um dentista chamado Dr. Chico que eram muito bons. Alunos de algumas escolas particulares e jovens que se reuniam nos bairros são os registros que nós temos, mas
na época era só o “pingpongão” como chamamos vulgarmente”, disse.

Com o sonho da profissionalização, em 1999, Weberson juntamente com o também patoense Francinaldo Rodrigues participaram de um curso para árbitro nível 1, promovido pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM). Ministrado pelo atual treinador da seleção feminina, Paulo Camargo, o evento reuniu atletas de todo o País, fato que quando relembrado pelos atletas de Patos, promove um misto de conquista e tristeza.

“Tivemos uma oportunidade ímpar neste curso, pois ali foi o primeiro passo para a nossa profissionalização, mas como na época não éramos federados, sofremos sérias dificuldades. Por essa ausência, tivemos que ficar ouvindo pela porta os ensinamentos do professor Paulo, porque não podíamos participar. Quando os participantes viram a nossa situação, conversaram com os organizadores e aí sim, nos federamos e passamos a ser verdadeiramente
atletas”, relembrou Leitão.

Atletas driblam dificuldades para seguir no esporte

Mesmo com uma bonita história de superação e realização de sonhos, a atual situação do esporte na Capital do Sertão é bem difícil.

O trabalho desenvolvido pela Associação Patoense de Tênis de Mesa (APTM) não recebe apoio de nenhuma esfera governamental, sobrando apenas poucos patrocínios vindos da iniciativa privada. Weberson revelou que precisou tirar dinheiro do bolso para que o sonho não acabasse.

“Para que o clube não fechasse, no ano passado eu gastei quase dez mil reais com aluguel, água, luz e material esportivo. Nós não temos condições nem de confeccionar um uniforme para os nossos competidores, requisito mínimo e obrigatório para participarmos das competições, imagine outras despesas. A única forma que encontramos para manter este sonho foi receber praticantes de outras modalidades, como judô e karatê, que recebem incentivos públicos e patrocínios, para usarem a nossa sede e assim mantê-la aberta”, disse Weberson.

Campeão solidário

Iniciado no esporte em 1990, o fotógrafo Weberson Leitão, 36 anos, descobriu a sua paixão praticando ping-pongue com os seus tios, onde anos mais tarde, em 1998, se tornou atleta profissional. Representante da Seleção Paraibana de Tênis de Mesa, Weberson ainda sonha em ocupar uma vaga na Seleção Brasileira da modalidade.

Atual campeão norte nordeste dos jogos da Federação Nacional de AABBs (FENABB), Leitão acumula em seu currículo disputas em edições do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil da modalidade, sempre ficando entre os três primeiros.

Em 2008, sua última participação em competições nacionais, ficou em 2º lugar no Rating e 3º lugar no Ranking. Quando perguntado sobre fatos que marcam a sua vida como atleta, ele elenca dois episódios. “Para incentivar a entrada de novos adeptos ao esporte, eu já distribui mais de 100 raquetes em toda a minha vida, até porque acho que essa é uma forma de incentivar os simpatizantes. Negativamente, por falta de patrocínios, eu pensei em desistir da carreira no ano passado, mas mudei de ideia após o incentivo de alguns amigos que não me deixaram sair”, afirmou.

Sonho paralímpico

Considerado em 2013, o melhor atleta paralímpico do Brasil, Lacordaire Segundo é um dos grandes destaques do tênis de mesa paraibano.
Após um acidente ocorrido em 2006 que o deixou tetraplégico, Segundo recebeu o convite da Associação Patoense
de Tênis de Mesa (APTM), através de Weberson Leitão, para ser o primeiro paraatleta de Patos na modalidade. Disputando competições nacionais e internacionais, Segundo terminou o ano passado com o 3º lugar no Campeonato Brasileiro e na Copa Tango, na Argentina, que serve como preparação para o Mundial.

Lacordaire disse que o seu sonho é chegar aos Jogos Paralímpicos de 2016. “Atualmente eu jogo pela Federação Cearense de Tênis de Mesa, mas a minha meta é ir para os jogos paraolímpicos que acontecerão no Brasil.O meu principal objetivo com o esporte é mostrar que a deficiência não me limita, pois eu consigo fazer tudo só, atingindo níveis de desenvoltura, que gente que anda não consegue.”


Leia mais: http://www.maispatos.com/noticias/esporte/reportagem-especial-a6750.html#ixzz2zxlbJozc

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