A direção da Maternidade Dr. Peregrino Filho, de Patos, está tomando algumas providências em relação ao fato ocorrido ontem, segunda-feira 08, relacionado ao óbito da jovem senhora Lídia dos Santos Pereira, de 21 anos, que residia nesta cidade, após esta passar por procedimento de parto.
A comissão de ética da Peregrino Filho está abrindo uma sindicância para apurar a parte administrativa e o Conselho Regional de Medicina, que está sendo comunicado dos fatos, a parte ética. O CRM é a única entidade nesse caso que pode apurar, julgar a conduta médica.
A senhora Lídia dos Santos deu entrada na manhã de ontem (segunda-feira) na Maternidade em franco trabalho de parto com dilatação avançada e em seguida, de acordo com o diretor clínico Paulo Athayde, evoluiu para uma atonia interina bastante severa, ou seja, após o parto, o útero não se contraiu, o que levou a uma forte hemorragia.
O médico que fez o parto da senhora Lídia, Odir Borges, está sendo afastado de suas funções enquanto o caso é investigado dentro das normas técnicas e éticas previstas nos protocolos médicos. A Maternidade, através de sua comissão de óbito, também participará fazendo estudo do óbito. As últimas informações em relação à criança, que nasceu com dificuldade respiratória, é que encontra-se no berçário da Uncin, unidade intermediária e cujo quadro avança positivamente.
A atonia uterina acontece em 4º nos partos, uma média mundial, causando anualmente 130 mil mortes, segundo relou o médico Paulo Athayde. “É uma patologia que não há como prevê-la, como identificá-la antes do parto”, diz Athayde. Ele explica que a atonia uterina acontece seja no parto normal, seja no cesáreo, e que estudos mostram que ela ocorre até com maior frequência nos partos cesáreos.
Escute a entrevista com o diretor técnico da Maternidade de Patos, Dr. Paulo Ataíde em entrevista a equipe de jornalismo da Rádio Espinharas.
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